sexta-feira, 8 de julho de 2016

Ataque em Dallas foi que mais matou policiais desde o 11 de Setembro

    Atirador matou cinco agentes na noite passada, o maior número em um só ataque desde a derrubada das Torres Gêmeas, que custou as vidas de 72 policiais.

   O ataque em Dallas que deixou pelo menos cinco policiais mortos nos Estados Unidos foi o que mais matou agentes americanos desde os atentados de 11 de Setembro de 2001.

   Um atirador disparou contra policiais que atuavam em um protesto contra a violência policial - dois homens negros foram mortos por policiais brancos nesta semana, em outras cidades do país.

   Cinco policiais atingidos morreram e outros sete- além de dois civis - ficaram feridos.

   O site "Officer Down Memorial Page", que compila dados sobre mortes de agentes de segurança, afirma que 72 policiais morreram no ataque ao World Trade Center.

   Desde então, nenhum ataque matou, no mesmo dia, mais policiais do que do ataque em Dallas.

   Neste ano, segundo o site, 53 agentes já morreram em serviço, 21 baleados - as vítimas de Dallas não estão incluídas. No ano passado, foram 130 agentes - uma queda em relação a 2014, quando 145 agentes foram mortos.

   O presidente Barack Obama, que está visitando a Polônia, disse que foi um "ataque cruel, calculado e infame contra as forças que garantem a manutenção da ordem".

   Ele voltou a criticar a facilidade de acesso a armas nos EUA, dizendo que "quando as pessoas possuem armas tão poderosas, ataques como este se tornam mais mortais e mais trágicos".

   Morte causadas pela polícia
   Várias cidades tiveram protestos nas ruas - contra o que muitos veem como racismo por parte das forças policiais- do país, após as mortes, nesta semana, de Philando Catile e Alton Sterling, em dois incidentes separados, um em St Paul, Minnesota, outro em Baton Rouge, Luisiana.

   Na quarta-feira, Philando Castile foi morto depois de ser parado por policiais enquanto dirigia. Já Alton Sterling foi morto por policiais em um estacionamento.

   As duas mortes foram filmadas - uma delas transmitida ao vivo pelo Facebook - e geraram revolta em todo o país.

   Sterling e Castile foram a 122ª e 123ª vítimas negras da polícia neste ano, de acordo com o Washington Post.

   Negros representam 24% do total de vítimas da polícia, mas são apenas 13% da população do país.

   Dados mostram que a probabilidade de negros serem mortos pela polícia nos EUA é três vezes maior que a de brancos, segundo o "Mapping Police Violence".

   Relatório do site mostra ainda que, em 97% dos casos de 2015, nenhum policial foi indiciado pelas mortes.
fonte:G1

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